quarta-feira, 5 de março de 2014



Os relógios sempre amei,
seus ponteiros caminhando
sem parar, fazendo círculos,
avançando pela história.
Quantas vezes me detive
olhando uma ampulheta
vendo o tempo se escoando,
como aquela branca areia!
O meu tempo foi passando
e com ele a minha vida
e com ela a saúde.
Hoje sinto os dias indo
embora, inexoráveis,
quando olho para os frascos
de remédio sobre a mesa
que esvazio, dia-a-dia,
um a um, feito rotina,
prolongado a minha vida,
que caminha para o fim.


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